9 de janeiro de 2008

Preguiça, bolhinhas de sabão

“Ai a graça do amor, já não vou trabalhar...” assim cantava JP Simões numa das minhas músicas preferidas dos Quinteto Tati. Hoje estava com demasiado ócio para me enfiar no laboratório a revelar fotografias. O facto de ainda ter de terminar o trabalho anterior é provavelmente um dos factores principais para que tal aconteça: se já estivesse a trabalhar numa coisa nova, provavelmente estaria mais entusiasmado! Não me apeteceu ficar em casa a jogar. Já completei tudo o que havia a completar no Super Mario Galaxy e, sinceramente, não vejo um outro jogo que seja assim tão divertido e que seja capaz de me prender ao ecrã durante horas a fio. Ficar em casa não era uma hipótese... lá me enfiei no transporte em direcção ao Porto.

A praça da Batalha estava diferente. Dois moranguitos (leia-se: rapazes de 15 ou 16 anos, vestidos com roupas de marca, que deixam crescer o cabelo na parte de trás pra ficarem iguais aos da TV) passeavam alegremente pela rua enquanto espalhavam bolhinhas de sabão pelo ar. Se viram isso na televisão e quiseram imitar ou se foi algo que partiu da iniciativa deles, é irrelevante para a história. O efeito de imensas bolhinhas de sabão numa cidade cinzenta como esta costuma ser, é indiscutivelmente bonito.

Acho piada à quantidade de gente que se acumula à porta dos cafés, na rua, pra fumar o seu cigarro. Nos Carvalhos tem ainda mais piada, logo às 8:30 da manhã ver as esplanadas completamente cheias de jovens entre os 14 e os 17 anos, quando o interior dos cafés fica praticamente deserto – quer faça chuva ou faça sol. Bem mais inteligentes seriam se andassem a soprar bolhinhas de sabão: não lhes fazia mal nenhum, e até dava um efeito engraçado!

Apanhei um autocarro para o Progresso – sim, é só uma paragem, mas a subida é inclinada, tenho passe e estava com preguiça para ir a pé. Um senhor de idade já avançada tossia até que lhe saíssem os pulmões (quando saí do autocarro, ele ainda não tinha conseguido, mas estava quase), enquanto as outras pessoas olhavam pelo vidro o lento processo de desmontar a maior Árvore de Natal da Europa. É ridículo pensar que não lhe tirei uma única foto... Tempo não me faltou, mas sempre fui deixando para “outro dia” porque tinha “muito tempo”. E pronto, depois veio o mau tempo e lá se foram as fotos. É nisto que dá ser-se preguiçoso!

3 comentários:

Tiago Ramos disse...

E vá, foste para o Progresso falar da Queima, de afilhados, de padrinhos e madrinhas, de bebedeiras e professoras de TLQ que gostam de relatórios coloridos, licor de café e leite coalhado barrado em bolachas. Ah e fazes piadas inteligentes com coscorões (que já agora podes procurar no Google o que é). :D

Telmo Couto disse...

Ah! É tipo sonhos? Não sou muito fã de doces fritos...

Tiago Ramos disse...

Não é bem sonhos, mas sim é frito! :D