Percorre-me o cabelo a chuva fria:
Envolve o meu rosto em suas lágrimas
Como se fosse um cruel abraço
De um oceano em marés vivas.
Levo o guarda-chuva no braço,
Não o quero, não o abro...
Sinto a frieza que percorre
O corpo que foi posto de parte,
Sinto a tristeza que amolece
A vontade de mover as marés...
Abandono, assim, todo o conforto
Em troca de um mundo real.
Parto em busca de algo novo...
Utopia, um mundo ideal...
Acordo, regresso a casa. Chove.
É um caminho cinzento pela frente.
Olho para trás e assim me apercebo
Que afinal nada é diferente.
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