Fui ontem ao cinema ver o filme The Number 23. Soube do filme há uns meses atrás, quando li no site oficial dos Nine Horses que o tema "The Banality of Evil" entrava na banda sonora do filme, o que me despertou alguma curiosidade. Fiquei com alguma comichão quando vi o nome do actor principal, mas ainda assim quis saber mais e o filme acabou por me despertar o interesse. Afinal, "se o realizador escolhe Nine Horses para a banda sonora, então tem, pelo menos, bom gosto musical", pensei eu. A premissa é bastante simples: um homem começa a ler um livro, uma história paranóica e obsessiva sobre o número 23 que, aos poucos, se começa a parecer demasiado com a história da sua própria vida.
A história desenvolve-se em duas camadas: uma é a história "real", a outra é a contada no livro. Mas o que realmente preenche o filme são os detalhes. A obsessão pelo número 23 é transferida para os espectadores que, ao longo do filme, dão por si a reparar numa sala com duas portas e três máquinas de snacks... ou na livraria que fica no número 599 (5+9+9=23), entre muitos outros exemplos que deixo à descoberta de quem quiser explorar o filme por si. A direcção artística do filme é excelente logo desde o início... o filme tem dos melhores genéricos que já vi. A história "do livro" é contada de uma forma visual estilizada, mas sem exageros, por oposição à história "real". Algumas sequências têm um impacto visual bastante forte, o que torna algumas personagens como a "Suicide Blonde" bastante notáveis.
O desempenho de Jim Carrey foi bom, admito. Não lhe salva a carreira, mas este filme é sem dúvida um marco positivo na sua longa lista de papéis desempenhados. E nada como, ao fim de um bom filme, uma boa música. Acho curioso o facto do próprio David Sylvian, dos Nine Horses, fazer anos a 23 de Fevereiro. Mas é obvio que, depois do filme, o tema de conversa não escapou ao número amaldiçoado. Encontrá-lo em matrículas de carros revelou-se um passatempo divertido no caminho até casa.
3 comentários:
A loira suicida é realmente uma personagem muito notável, adorei! Quanto ao Jim Carrey, desiludiu-me... Já tinha visto o Eternal Sunshine of the Spotless Mind, com ele, e achei que fazia papéis não-cómicos muito melhor do que os cómicos, mas este podia ter sido melhor...
Só te digo que gostei bastante do filme, tirando o facto de ser demasiado obecessivo pelo número 23 que, embora fosse o tema, fizeram associações excessivas, na minha opinião... ^.^'
ainda nao vi o filme, mas confesso que pelo post estou com vontade de ver ^_^U
quanto a numeros amaldiçoados, tambem tenho um (que nem me atrevo a dizer qual). sempre que o vejo sem estar à espera, acontece sempre, mas sempre sempre, alguma coisa menos boa lol -_-
Damn you!!! Eu disse-te que curtia ver o filme! Porque não me disseste qaundo ias? És mau!!! :p
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